- Jornalista
- Atriz em formação
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Na época em que as mãos se tocavam e dedilhavam a lua no mar parado
A lua que era minha passou a ser sua com a canção antiga
Quando hoje falam da lua sedenta nas noites pretensas às paixões
Penso que a lua não é deles, nem minha, é tua e só tua
Pessoas passam como confete nos carnavais das marchinhas
Deixam um pouco de areia nos passos marcados da tua madrugada
Falam sobre a altura da maré e tentam descrever a espuma partida nas pedras
Só você consegue fazer o mar parar e ele passa a ser seu também
As rosas também te pertencem
Mesmo aquelas que se desmancham na rua são tuas
Sobra o papel que perco na tua piscina de verão
Tardes com as mesmas músicas e cumplicidades
Roubamos tudo
Não há mais nada para os outros, nem para mim.